Espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica que resulta em uma severa rigidez que leva à limitação de movimentos. A doença afeta principalmente as articulações da coluna, quadris e ombros, causando dor, inflamação e, em casos mais graves, fusão das articulações, assim restringindo a mobilidade.
Globalmente, segundo a Federação Internacional de Associações de Reumatologia (ILAR), estima-se que mais de 1% da população mundial sofra com a espondilite anquilosante. A causa da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que tem tendência a ser hereditária. Conforme a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), filhos de pais com “EA” têm maior chance de apresentar a doença no futuro. Além disso, é 4 a 5 vezes mais comum entre os homens e mais frequente entre o público jovem, com início dos primeiros sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta (17 aos 35 anos de idade).
Fique atento aos sintomas
Os sintomas da espondilite anquilosante podem ser sutis no início, mas a doença deixa sua marca através de dor persistente nas costas, que varia em intensidade a cada episódio, além de fadiga e rigidez matinal. Outro ponto importante para lembrar-se é que a dor costuma piorar pela manhã e à noite, mas alivia com o movimento. Identificar esses sintomas é a chave para interromper o avanço da condição e preservar a qualidade de vida.
Diagnóstico precoce é importante
Os critérios para o diagnóstico podem variar conforme o perfil dos pacientes, como no caso de dores persistentes nas costas ou quando os sintomas surgem em pessoas com menos de 45 anos. Eles ainda podem ser divididos entre critérios de imagens (radiografias ou RM) e critérios clínicos (exame clínico e exames de sangue). Portanto, a investigação da EA ocorre por meio de exames de imagem, aliados a uma avaliação clínica minuciosa. A colaboração entre paciente e profissionais de saúde é essencial para um diagnóstico mais rápido e preciso.
Tratamento da espondilite anquilosante
Terapias inovadoras prometem transformar a vida de quem convive com a espondilite anquilosante. Entre eles, terapias biológicas, medicamentos imunomoduladores e a fisioterapia especializada se destacam como ferramentas cruciais na busca por uma vida plena e sem limitações.
A prática de exercícios físicos é uma das principais abordagens para o manejo da EA, muitas vezes recuperando a liberdade do paciente. O exercício ajuda a reduzir a rigidez articular e melhorar a flexibilidade, preservando a mobilidade das articulações afetadas pela doença e diminuindo a dor crônica. Além disso, o exercício físico, que deve ser individualizado conforme o caso do paciente, pode diminuir a progressão da doença, evitar o desenvolvimento de deformidades e melhorar a qualidade de vida no geral.
Este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. Ao notar dor persistente, busque ajuda profissional.
Fontes: ILAR, Ministério da Saúde do Brasil, MSD Manuals e Sociedade Brasileira de Reumatologia.
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