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Gerenciamento de Efeitos Cutâneos em Doenças Crônicas para a Otimização da Assistência e Redução de Custos

No contexto da assistência à saúde, especialmente no cuidado a pacientes com doenças crônicas, a pele desempenha um papel fundamental que muitas vezes passa despercebido. Não se trata apenas de um revestimento do corpo, mas de um órgão altamente sensível, capaz de refletir rapidamente alterações internas e externas, além de ser vulnerável aos efeitos adversos de tratamentos prolongados. Neste artigo, vamos explorar a importância do gerenciamento adequado dos efeitos cutâneos em doenças crônicas, destacando seu impacto na qualidade de vida do paciente, na eficiência assistencial e na sustentabilidade financeira das instituições de saúde.


O que são Efeitos Cutâneos em Doenças Crônicas?


Efeitos cutâneos em doenças crônicas referem-se a um conjunto de alterações na pele, nas mucosas e nos anexos cutâneos que ocorrem em decorrência da própria doença ou, mais frequentemente, como consequência de tratamentos prolongados, como quimioterapia, radioterapia, imunobiológicos, corticoides, antibióticos de longo prazo e outros fármacos.

Essas alterações podem variar desde manifestações leves, como ressecamento e prurido, até quadros graves que comprometem significativamente a integridade da pele, como dermatites, úlceras, fissuras, necroses, entre outras lesões. As doenças crônicas mais frequentemente associadas a efeitos cutâneos incluem:


  • Câncer (efeitos relacionados a terapias oncológicas);

  • Doenças autoimunes (como lúpus, psoríase e artrite reumatoide);

  • Diabetes Mellitus (complicações como úlceras de pressão e pé diabético);

  • Doenças renais e hepáticas crônicas (prurido e alterações pigmentares).


Além disso, pacientes crônicos, muitas vezes imunossuprimidos, tornam-se mais suscetíveis a infecções cutâneas, agravando o quadro e aumentando a complexidade do tratamento.

É importante destacar que, apesar de frequentemente subestimados, os efeitos cutâneos impactam diretamente na qualidade de vida do paciente, no prognóstico clínico e nos custos assistenciais. Por isso, sua prevenção e manejo adequado devem ser considerados parte essencial do plano terapêutico.


A Pele como Sinal Precoce de Toxicidade a Tratamentos, Progressão da Doença ou Outras Comorbidades


A pele é um verdadeiro espelho do estado geral de saúde. Muitas vezes, alterações cutâneas são os primeiros sinais de toxicidade a medicamentos, progressão de uma doença crônica ou surgimento de comorbidades associadas. Por essa razão, o monitoramento contínuo da pele deve ser encarado como uma estratégia proativa de segurança do paciente.


Em oncologia, por exemplo, efeitos como rash cutâneo, xerose, eritema e lesões ulceradas podem indicar toxicidade a agentes quimioterápicos ou imunobiológicos. A presença dessas manifestações não apenas prejudica o conforto do paciente, mas frequentemente exige ajustes ou até mesmo a suspensão do tratamento, impactando diretamente nos resultados clínicos.


De maneira semelhante, em doenças autoimunes, manifestações cutâneas podem sinalizar reativação ou piora do quadro sistêmico. Lupus eritematoso sistêmico, por exemplo, pode apresentar lesões cutâneas típicas que antecedem o agravamento de comprometimentos renais ou neurológicos.


Outro exemplo é o diabetes mellitus, onde alterações como pele seca, infecções fúngicas recorrentes ou úlceras plantares podem indicar descontrole glicêmico ou progressão de complicações vasculares e neurológicas.


Além disso, a pele também pode ser afetada por comorbidades associadas ao próprio tratamento, como reações alérgicas medicamentosas, infecções oportunistas ou dermatites irritativas causadas por produtos de higiene, curativos inadequados ou longos períodos de hospitalização.


Por isso, incluir a avaliação cutânea rotineira no protocolo assistencial não é apenas uma boa prática de enfermagem, mas um recurso essencial para a detecção precoce de riscos, permitindo intervenções oportunas que evitem desfechos mais graves.


O Impacto Multifacetado dos Efeitos Cutâneos na Jornada do Paciente e na Gestão da Saúde


O gerenciamento inadequado dos efeitos cutâneos em doenças crônicas pode desencadear uma série de impactos negativos que transcendem o aspecto clínico, afetando a experiência do paciente, a eficiência operacional da equipe assistencial e os custos das instituições de saúde. 


Comprometimento da Qualidade de Vida do Paciente

Lesões cutâneas dolorosas, coceiras intensas, fissuras ou feridas abertas comprometem não apenas o bem-estar físico do paciente, mas também seu estado emocional e social. O desconforto constante pode gerar insônia, irritabilidade, isolamento social e até quadros depressivos, especialmente em pacientes com doenças crônicas que já enfrentam longos tratamentos e internações recorrentes.

Além disso, alterações na aparência física decorrentes de lesões cutâneas podem afetar profundamente a autoestima e a imagem corporal do paciente, especialmente em casos de câncer e doenças autoimunes com manifestações visíveis.


Riscos à Adesão e Continuidade do Tratamento Primário

Quando não manejados adequadamente, os efeitos cutâneos podem levar à interrupção ou modificação do tratamento principal. Por exemplo, um paciente oncológico que desenvolve uma dermatite grave pode ter a quimioterapia suspensa até a resolução da lesão, comprometendo a eficácia terapêutica e reduzindo as chances de cura.

A dor e o desconforto também podem fazer com que o paciente se recuse a continuar com determinadas terapias, afetando negativamente a adesão ao plano terapêutico e elevando o risco de complicações e internações.


Aumento da Morbidade e Piora do Quadro Clínico

Lesões cutâneas não tratadas adequadamente podem evoluir para quadros infecciosos graves, como celulites, abscessos ou septicemias. Em pacientes imunossuprimidos ou debilitados, essas complicações podem ser fatais.

Além disso, úlceras de pressão ou lesões decorrentes de imobilização prolongada, comuns em pacientes crônicos, representam importante fator de morbidade hospitalar, prolongando o tempo de internação e elevando os custos assistenciais.


O Ônus Operacional e Financeiro para as Instituições de Saúde

Cada lesão cutânea que evolui para uma complicação representa maior demanda de tempo e recursos da equipe assistencial. O manejo de feridas complexas requer materiais especializados, antibióticos, curativos de alto custo e, muitas vezes, intervenções cirúrgicas.

Estudos indicam que o tratamento de complicações cutâneas pode aumentar em até 40% os custos hospitalares relacionados ao paciente crônico. Além disso, prolonga-se o tempo de permanência hospitalar, reduz-se a rotatividade de leitos e aumenta-se a sobrecarga sobre os profissionais de saúde.


Perda de Eficiência da Equipe Assistencial

O manejo de efeitos cutâneos avançados demanda mais tempo da equipe de enfermagem e multiprofissional, desviando recursos que poderiam ser aplicados em outras frentes assistenciais. Além disso, aumenta-se o risco de eventos adversos, infecções cruzadas e falhas na assistência devido à sobrecarga.


Deterioração de Indicadores de Qualidade e Segurança do Paciente

Lesões cutâneas não prevenidas ou mal gerenciadas impactam diretamente indicadores assistenciais importantes, como taxas de úlcera por pressão, eventos adversos relacionados à assistência (ERA) e índices de infecção hospitalar.

Instituições que não investem em protocolos robustos de prevenção e manejo de efeitos cutâneos tendem a apresentar piores resultados em avaliações de qualidade e segurança, prejudicando sua reputação e sua elegibilidade para certificações e acreditações.


A Importância da Prevenção e do Manejo Proativo

Diante de tantos impactos negativos, é imprescindível reafirmar que o cuidado com a pele não é um detalhe ou uma preocupação meramente estética: trata-se de um pilar fundamental da segurança do paciente, da eficiência assistencial e da sustentabilidade financeira das instituições de saúde.


A prevenção de efeitos cutâneos deve começar com a avaliação precoce dos riscos, a educação do paciente e da família, a escolha criteriosa de produtos para a pele e a implementação de protocolos assistenciais baseados em evidências.


O manejo proativo inclui a detecção precoce de alterações, a adoção de medidas terapêuticas rápidas e a integração da equipe multiprofissional — médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos — para garantir um cuidado integral e seguro.


Além disso, o investimento em produtos de qualidade, como emulsões regeneradoras, coberturas adequadas e tecnologias que protejam e promovam a cicatrização da pele, é estratégico para reduzir complicações, encurtar o tempo de internação e melhorar a experiência do paciente.


Em resumo, o gerenciamento dos efeitos cutâneos em doenças crônicas não deve ser visto como um custo, mas como uma oportunidade de agregar valor à assistência, melhorar desfechos clínicos e otimizar o uso dos recursos institucionais.


Como profissionais da saúde e gestores de clínicas e hospitais, temos a responsabilidade de fortalecer essa visão e assegurar que cada paciente receba um cuidado humanizado, seguro e eficaz, onde a pele seja considerada e protegida como merece.




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