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Outubro Rosa marca uma série de esforços mundiais para reduzir as estimativas de Câncer de Mama




O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo, representando aproximadamente 1 em cada 3 diagnósticos de câncer em mulheres. No Brasil, os números são igualmente alarmantes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, até 2025, cerca de 74 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente, consolidando essa doença como a mais prevalente entre as mulheres brasileiras, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.


O perfil das mulheres mais atingidas pelo câncer de mama no Brasil engloba aquelas com idade acima de 40 anos. No entanto, o diagnóstico em mulheres mais jovens também tem aumentado, o que chama atenção para a necessidade de conscientização sobre a importância do rastreamento precoce. Fatores de risco como histórico familiar, predisposição genética (como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2), uso de hormônios e estilo de vida contribuem significativamente para o aumento do risco de desenvolvimento da doença.

Além disso, a falta de acesso a exames de detecção e a demora na busca por tratamento são fatores que agravam o cenário no Brasil, especialmente entre as populações mais vulneráveis, que têm menos acesso a cuidados médicos adequados e a mamografias regulares.


Exames Fundamentais para o Rastreamento Precoce e Taxas de Cura


O diagnóstico precoce é a chave para aumentar as chances de cura do câncer de mama. Quando detectado em estágios iniciais, a taxa de cura pode superar 95%. No entanto, para alcançar esse nível de sucesso, é fundamental que as mulheres realizem exames regulares, conforme recomendado pelos especialistas.


Os exames essenciais para o rastreamento do câncer de mama incluem:


  • Mamografia: É o principal exame utilizado para o rastreamento do câncer de mama. A mamografia é capaz de identificar tumores pequenos, muitas vezes imperceptíveis ao toque, permitindo a detecção precoce. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres a partir dos 40 anos façam o exame anualmente. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem iniciar o rastreamento mais cedo, conforme orientação médica.


  • Exame Clínico das Mamas: Realizado por médicos, esse exame é importante para detectar alterações suspeitas na mama. Ele deve ser feito anualmente, a partir dos 40 anos, e serve como complemento à mamografia.


  • Ultrassonografia Mamária e Ressonância Magnética: Estes exames são frequentemente utilizados para complementar a mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas, nas quais o tecido mamário pode dificultar a visualização de tumores na mamografia tradicional.


A importância desses exames vai além da detecção precoce. Eles permitem que o tratamento seja iniciado rapidamente, o que, por sua vez, reduz o risco de metástases e aumenta significativamente as chances de cura.


O Esforço Conjunto de Sete Sociedades Ligadas à Saúde na Campanha Outubro Rosa


O Outubro Rosa é uma campanha global que visa aumentar a conscientização sobre o câncer de mama e promover o diagnóstico precoce. No Brasil, várias instituições de saúde se unem em prol dessa causa, mobilizando esforços para educar a população sobre a importância dos exames preventivos e desmistificar informações incorretas, como o autoexame das mamas.


Sete sociedades médicas desempenham um papel fundamental nessa mobilização:


  1. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR): O CBR participa ativamente da campanha, destacando a importância da mamografia e do diagnóstico por imagem na detecção precoce do câncer de mama. A sociedade também orienta os profissionais de saúde sobre as melhores práticas em radiologia.

  2. Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO): A FEBRASGO é responsável por educar as mulheres sobre a saúde da mama, promovendo a importância das consultas ginecológicas regulares e a realização de exames de imagem para prevenção.

  3. Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM): A SBM lidera a discussão sobre o câncer de mama no Brasil. Recentemente, tem esclarecido que o autoexame das mamas, embora ajude a conhecer o próprio corpo, não substitui os exames clínicos e de imagem, sendo a mamografia o método mais eficaz para o diagnóstico precoce.

  4. Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM): A SBGM se concentra em identificar fatores genéticos que podem predispor mulheres ao câncer de mama. Isso é especialmente importante para aquelas com histórico familiar da doença.

  5. Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC): A SBOC desempenha um papel vital no tratamento de pacientes diagnosticados com câncer de mama, promovendo campanhas sobre o acesso ao tratamento adequado e sobre os avanços terapêuticos.

  6. Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT): A SBRT participa da campanha destacando o papel da radioterapia no tratamento do câncer de mama, além de educar sobre como a radioterapia pode ser um componente essencial no tratamento, especialmente em casos avançados.

  7. Instituto Nacional de Câncer (INCA): Como o principal órgão público de controle do câncer no Brasil, o INCA lidera campanhas de conscientização, políticas públicas e realiza estudos importantes sobre a incidência e prevenção do câncer de mama no país.


Essas sociedades, juntas, trabalham para melhorar a conscientização sobre a doença, oferecer melhores diagnósticos e tratamentos, e reduzir a mortalidade por câncer de mama. Suas ações incluem a promoção de mamografias gratuitas em diversas cidades durante o mês de outubro, campanhas de mídia para educar a população e treinamentos para profissionais de saúde, com o objetivo de garantir que mais mulheres tenham acesso ao rastreamento precoce e ao tratamento adequado.


Este papel é de todas as mulheres: Mantenha Suas Consultas e Exames em Dia


Diante das alarmantes estatísticas e da importância do diagnóstico precoce, é crucial que todas as mulheres mantenham suas consultas e exames de rotina em dia. O câncer de mama, quando detectado nos estágios iniciais, tem altíssimas chances de cura. Por isso, é recomendável que toda mulher a partir dos 40 anos faça anualmente a mamografia, ou antes, caso tenha histórico familiar de câncer de mama.

Não deixe para depois. Marque sua consulta e faça seus exames. Cuide da sua saúde hoje, para garantir um futuro mais saudável e seguro.


Conscientize-se. Previna-se. Aja.


Fontes: INCA | FEBRASGO | SBM | SBOC


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