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Doenças no útero: saiba como prevenir e tratar

A saúde uterina não é uma preocupação unânime entre as mulheres, mas deveria ser, considerando a prevalência de diversas doenças que podem impactar significativamente a qualidade de vida. Confira abaixo três das doenças no útero mais comuns, assim como suas formas de prevenção e tratamento.


Conheça os sintomas da endometriose

A endometriose é uma alteração no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que revestem o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e a sangrar. 


Segundo o Ministério da Saúde, a doença afeta uma a cada dez mulheres em idade fértil no Brasil. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 180 milhões de mulheres enfrentam o problema no mundo, destas, sete milhões são brasileiras. Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), o diagnóstico precoce é essencial. Os sintomas podem incluir:


  • Dor abdominal

  • Sangramento nas fezes

  • Massa abdominal palpável

  • Cólicas menstruais

  • Diarreia ou prisão de ventre

  • Dor para evacuar ou urinar

  • Dor na relação sexual


Consultas ginecológicas regulares e exames como a ressonância magnética são ferramentas cruciais para identificar a condição. O tratamento, muitas vezes, envolve medicamentos hormonais e, em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos. Contudo, mesmo após o procedimento cirúrgico a doença pode retornar. Por este motivo, é importante manter o acompanhamento médico regular e seguir o tratamento clínico indicado, assim como incorporar uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas na rotina.


HPV e Câncer de Colo de Útero

Segundo o Ministério da Saúde, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 17.010 casos novos, impactando a saúde de 15 a cada 100 mil mulheres.


O HPV, vírus do papiloma humano, é um fator de risco significativo para o câncer de colo de útero. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra mais de 16 mil novos casos anualmente. A vacinação contra o HPV é uma estratégia eficaz para prevenir a infecção, especialmente quando administrada antes do início da atividade sexual. Além disso, exames de Papanicolau regulares são cruciais para identificar precocemente lesões pré-cancerosas, assim evitando o desenvolvimento do câncer e um tratamento mais agressivo.


Miomas Uterino

Os miomas uterinos são tumores não cancerosos, mas sua prevalência não pode ser subestimada. Estima-se que 50-70% das mulheres desenvolvam miomas em algum momento da vida, principalmente na fase reprodutiva.  


As causas dos miomas no útero são desconhecidas, mas seu crescimento depende de fatores hormonais, diminuindo de tamanho após a menopausa. Geralmente causam sangramento uterino anormal, dor e pressão pélvica, sintomas urinários e intestinais, bem como complicações gestacionais. 


Embora muitos miomas sejam assintomáticos, alguns casos demandam intervenção. Além dos sintomas clínicos, a realização de uma ultrassonografia é importante para a confirmação do diagnóstico. O tratamento pode variar de medicamentos para controle dos sintomas a procedimentos minimamente invasivos e, em casos extremos, a remoção cirúrgica.



Atenção à saúde uterina

A educação sobre saúde reprodutiva, juntamente com o acesso facilitado a exames e vacinas, desempenham um papel crucial na promoção da saúde e do bem-estar feminino. Mulheres devem priorizar consultas regulares com profissionais de saúde, contribuindo assim para a detecção precoce e tratamento eficaz das condições uterinas.



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